segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

De volta a Jerusalém



Embora a distância que separa China e Jerusalém seja enorme, um dos fatos
notáveis da história é que há uma estrada ligando a Terra Santa e meu país, construída
há mais de dois milénios.
Alguns registros antigos até indicam que talvez o evangelho tenha chegado à
China por essa estrada poucas décadas após a morte e ressurreição de Jesus. Há sete
séculos, o famoso explorador Marco Polo percorreu o mesmo caminho. Por essa rota
entravam e saíam da China especiarias, tesouros, novas religiões e exércitos invasores.
Na outra extremidade, Jerusalém funcionava como centro distribuidor dos produtos para
a Europa, Norte da África e Oriente Médio.
A aristocracia européia ficou maravilhada quando descobriu e importou a criatura
mais fantástica da China - o bicho-da-seda - que deu nome à estrada acidentada - conhecida
popularmente como Rota da Seda.
Hoje, as nações que a Rota da Seda atravessa são as mais carentes do evangelho
em todo o mundo. As três maiores fortalezas religiosas que se recusam a ceder ao
avanço da mensagem de Jesus - islamismo, budismo e hinduísmo -têm seu centro ali.
Mais de 90% dos grupos não-alcançados do mundo vivem ao longo da Rota da Seda e
nas nações que cercam a China. Dois bilhões dos habitantes da Terra vivem e morrem
nessa região, desconhecendo por completo as boas-novas de que Jesus morreu pelos
pecados deles e é o único caminho para o céu!
Na década de 1920, Deus levantou um grupo chamado "Família de Jesus" para
levar o evangelho a pé, da China a Jerusalém. Deram a essa iniciativa o nome de "Volta
a Jerusalém". Outros grupos chineses receberam visão semelhante e iniciaram
movimentos missionários que causariam impacto em muitas nações da Ásia e do
Oriente Médio.
A Família de Jesus foi fundada em 1921, na Província de Shandong, por um
cristão chamado Jing Dianying. Os membros do grupo acreditavam que deviam vender
tudo que possuíam e distribuir seus bens aos outros membros. O slogan de cinco
palavras resumia o compromisso com Cristo e a opção pela vida simples: "Sacrifício,
renúncia, pobreza, sofrimento, morte".
Tinham como alvo vilas e povoados. Iam de um lugar a outro a pé, pregando o
evangelho pelo caminho. O exemplo de vida comunitária e amor cristão profundo
impressionava quem os via. Atraíam os que buscavam respostas para a vida e também
os desabrigados, miseráveis e
desprezados. Muitos cegos e mendigos se uniram à Família de Jesus e
encontraram a vida eterna em Cristo.
A Família de Jesus continuou a crescer e enfrentou grandes sofrimentos. Muitas
vezes, quando a comunidade itinerante chegava a uma localidade, a população se aproximava
para agredi-los, humilhá-los e zombar deles. Entretanto a oposição não os
deteve, e toda vez que pregavam o evangelho algumas pessoas abandonavam tudo para
seguir Jesus.
No fim da década de 1940 havia cerca de 20.000 crentes chineses envolvidos em
mais de 100 grupos de Famílias de Jesus espalhados pela China.
Muitos grupos acreditavam que Deus os chamara para levar o evangelho de volta
a Jerusalém a pé, pregando e estabelecendo o reino de Deus por todo o caminho. Depois
de milhares de quilômetros e de muitos anos de viagens, pregadores fiéis alcançaram a
cidade fronteiriça de Kashgar, na região de Xinjiang, no noroeste da China.
*****
No outono de 1995, eu estava pregando em uma igreja doméstica no centro da
China. O Senhor colocara em mim o desejo profundo de participar de seu plano para
enviar missionários chineses aos países hinduístas, budistas e muçulmanos. Encorajei os
crentes a buscarem em Deus uma visão que abrangesse todo o mundo. Desafiei-os a
prosseguir com o ministério que realizavam, e a ir além e abrir os horizontes para
incluir as nações não-alcançadas que cercam a China.
Com lágrimas nos olhos, entoei uma canção que havia aprendido em um livro
antigo sobre o Movimento Volta a Jerusalém:
Levante os olhos para o Oeste,
Não há obreiros para a grande seara.
O coração do meu Senhor sofre todo dia.
Ele pergunta: "Quem irá por mim?"
Com os olhos cheios de lágrimas
E sangue espalhado pelo peito,
Levantemos o pendão de Cristo
E resgataremos as ovelhas que perecem!
Nos últimos dias a batalha se aproxima,
E a trombeta já soou.
Vistamos logo toda a armadura de Deus
E avancemos contra as ciladas de satanás!
A morte bate à porta de muitos,
E o pecado domina o mundo.
Trabalhemos com fidelidade enquanto avançamos,
Lutando mesmo que morramos!
Com esperança e fé marcharemos,
Dedicando nossa família e tudo que temos.
Tomemos nossa cruz pesada enquanto
Marchamos rumo a Jerusalém!
Enquanto cantava, reparei que havia na congregação um senhor idoso
visivelmente emocionado. Chorava tanto que mal conseguia se controlar. Eu não tinha a
menor idéia de quem era ele, e pensei que minha pregação deveria ter sido muito
poderosa, para levar a uma reação daquelas! Esse irmão, coroado por cabelo e barba
brancos, caminhou devagar até a frente do recinto e pediu a palavra. Um silêncio
respeitoso tomou conta da audiência.
Ele contou:
- Sou Simon Zao, servo do Senhor. Há quarenta e oito anos escrevi, com meus
companheiros, as palavras que você acabou de cantar. Todos eles foram martirizados
por causa do nome de Jesus.
Ele prosseguiu:
- Eu era um dos líderes do Grupo Volta a Jerusalém. Marchamos a pé por toda a
China, proclamando o evangelho em cada vila e povoado que encontramos. Finalmente,
em 1948, depois de muitos anos de lutas, alcançamos a cidade de Kashgar, que fica na
fronteira do país, na Província de Xinjiang. Paramos um pouco para pedir visto para
entrar na União Soviética. Estávamos nervosos e empolgados com a perspectiva do que
nos esperava!
- Antes de conseguirmos sair da China, continuou ele, o exército comunista
liderado por Mao assumiu o controle de Xinjiang, fechou imediatamente as fronteiras e
implantou o governo de opressão armada. Todos os líderes do nosso movimento foram
presos; cinco deles, condenados a 45 anos de prisão com trabalhos forçados. Todos os
outros morreram na cadeia, há muitos anos. Só eu sobrevivi. Em 1988, fui solto, cinco
anos antes do fim da pena. Passei 40 anos preso por amor à visão de levar o evangelho
de volta a Jerusalém.
Ficamos todos atônitos. Olhamos para ele de boca aberta enquanto as lágrimas
corriam por nossos rostos e pingavam no chão.
Perguntei a Simon Zao, o homem de Deus:
- Tio, o senhor poderia nos contar mais? Ele continuou:
- Quando o Senhor nos chamou para essa visão, fazia apenas quatro meses que eu
me casara. Minha linda esposa acabara de descobrir que estava grávida! Ela também foi
presa. A vida na cadeia era muito difícil, e ela sofreu um aborto.
Ele enxugou as lágrimas antes de prosseguir:
- Nesse tempo, os comunistas mataram muitos missionários e cristãos convertidos
pelo trabalho deles. Nos primeiros meses de cadeia, ainda em 1948, vi minha amada
esposa de longe duas vezes, através das barras de ferro da janela. Nunca mais a vi.
Quando saí da cadeia, 40 anos depois, minha preciosa esposa já havia morrido muito
tempo antes.
Nesse momento, chorávamos alto. Sentíamos que estávamos em terreno santo, na
presença do Senhor. Perguntei ao Tio Simon:
- Quando o senhor foi solto, em 1988, ainda tinha em seu coração essa visão da
volta a Jerusalém?
Ele respondeu com uma canção:
Há quantos anos o vento cortante sopra?
Há quanto tempo as nuvens carregadas se juntaram?
Não víamos, através da chuva torrencial, o altar de Deus;
O altar de Deus, onde ele aceita nossos sacrifícios.
Os líderes de Deus choram com coração partido,
As ovelhas de Jeová se espalharam por toda parte,
Lágrimas de tristeza de juntam sob o vento gelado.
Aonde foste, Bom Pastor?
Aonde fostes, soldados de Deus?
Aonde fostes? Oh, aonde fostes?
Depois que o Tio Zao descansou um pouco, voltei a perguntar-lhe:
- Tio, a visão continua em seu coração? Ele prosseguiu com a música:
Jerusalém está em meus sonhos.
Jerusalém está em minhas lágrimas.
Procurei por ti e te encontrei no fogo do altar.
Procurei por ti e te encontrei nas mãos feridas de Jesus.
Vagamos através de vales de lágrimas.
Vagamos rumo ao nosso lar celeste.
Após passar quarenta anos no vale da morte,
Minhas lágrimas secaram.
Jesus veio para destruir as cadeias da morte.
Veio para abrir o caminho para a glória!
Os primeiros missionários derramaram lágrimas e sangue por nós.
Vamos nos apressar para cumprir a promessa de Deus!
Ele falou, com voz entrecortada:
- Toda noite, durante os 40 anos que passei no campo de trabalhos forçados, eu me
virava para o Oeste, na direção de Jerusalém, e clamava ao Senhor: "Ó Deus, jamais
conseguirei ir até Jerusalém a pé. Nossa visão pereceu. Pai celestial, peço que levantes
uma nova geração de cristãos chineses dispostos a entregar a vida para levar o
evangelho de volta ao lugar de onde ele partiu, Jerusalém".
Segurei a mão dele e afirmei:
- A visão que Deus lhe deu não está morta! Nós a levaremos adiante!
Com isso, consolamos o coração do Tio Zao. Ele se levantou, abençoou-nos
estendendo suas mãos santas e nos encorajou com Lucas 24.46-48: "Assim está escrito
que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu
nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações,
começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas".
Em seguida nos exortou:
- Vocês precisam entender que o caminho da cruz é o chamado para derramar
sangue. Vocês têm de levar o evangelho de Jesus Cristo aos países muçulmanos e por
todo o caminho que leva até Jerusalém. Voltem os olhos para o Oeste!
Essa reunião foi um marco de mudança em minha vida. Senti que Deus havia
passado a tocha das mãos desse amado senhor para as das igrejas domésticas, colocando
sobre nós a responsabilidade de completar a visão.
O Senhor já havia colocado a visão do Movimento Volta a Jerusalém em meu
coração. Contudo, depois de conhecer Simon Zao, ela se tornou o principal foco da
minha vida. Entendi com toda clareza que o destino das igrejas domésticas da China é
derrubar os últimos gigantes espirituais deste mundo - o budismo, o islamismo e o
hinduísmo - e proclamar o evangelho glorioso a todas as nações antes da segunda vinda
do Senhor Jesus Cristo!
E preciso deixar claro que, quando falamos sobre "Volta a Jerusalém", nosso alvo
principal não é chegar a essa cidade. Não pretendemos apenas organizar um grande congresso
lá! Jerusalém foi o ponto de partida do evangelho há dois mil anos, e acreditamos
que este vai percorrer o mundo todo e voltar ao ponto onde começou. Nosso alvo não é
evangelizar somente a cidade de Jerusalém, mas sim pregar aos milhares de grupos de
povos, cidades e vilas não-alcançados que ficam entre a China e Jerusalém.
Hoje essa visão é o alvo principal de todos os líderes que compõem a Comunidade
Sinim. Não é um projeto entre muitos outros. É a motivação e o foco de todas as nossas
atividades. Conversamos sobre isso no café da manhã, no almoço e no jantar. Oramos
sem cessar, pedindo a Deus que levante obreiros e remova obstáculos. E quando dormimos,
a visão está em nossos sonhos.
Há alguns anos, os líderes da Sinim oraram sobre seu envolvimento com o
Movimento Volta a Jerusalém. Depois nos reunimos e cada rede de igrejas domésticas
revelou quantos missionários se comprometia a treinar e enviar para o campo. Fizemos
o levantamento e descobrimos que o total era de cem mil. Isso significa que
pretendemos enviar cem mil missionários para fora da China nos próximos anos!
Um exame histórico mais atento mostra que, na verdade, saíam três "rotas da
seda" da China. Uma começando em Xian e se dirigindo para a Ásia Central e o coração
do mundo islâmico. É a mais conhecida. A segunda rota de comércio passava pelo Tibet,
cruzava o Himalaia e chegava ao Butão e Nepal. De lá, seguia para o Paquistão, o
Afeganistão e o Irã, juntando-se então à estrada principal para Jerusalém. A terceira rota
atravessava o sudoeste da China, onde vive atualmente a maioria dos grupos nãoalcançados.
Seguia para o Sul, passava pelo Vietnã e depois ia para o Oeste, cruzando
países como Laos, Camboja, Tailândia, Mianmar (ex-Birmâ-nia) e índia. Essa rota
penetrava fundo no coração dos mundos budista e hinduísta de hoje.
Depois de analisar esses fatos, os líderes da igreja entenderam que Deus nos
chamara para seguir nas três direções com o evangelho. O Espírito Santo já havia
chamado determinadas redes para focar áreas específicas. Por exemplo, uma rede tinha
muitas famílias de missionários na região do Tibet. Então, era natural que dirigisse seus
esforços para o mundo tibetano budista. Outra sentia, havia vários anos, um peso para
alcançar grupos minoritários no sudoeste da China. A maior parte dessas tribos se
espalha pelas fronteiras e penetra em países como Vietnã, Laos, Tailândia e Mianmar
(ex-Birmânia). Essa rede assumiu a responsabilidade de levar o evangelho de volta a
Jerusalém pela via que fica ao Sul.
Sabemos muito bem que essas nações não querem receber o evangelho! Temos
plena consciência de que países como Afeganistão, Irã e Arábia Saudita jamais
receberão os pregadores de braços abertos!
Entendemos também que os missionários, antes de ser enviados, precisam
aprender a língua e a cultura e, quando partirem, necessitam de apoio para conseguir
lutar pelo Senhor com a maior eficiência possível. Há hoje centenas de cristãos na
China aprendendo línguas estrangeiras, como árabe e inglês, preparando-se para o
serviço missionário fora do país.
Descobrimos também que os últimos 30 anos de sofrimento, perseguição e tortura
que as igrejas domésticas enfrentaram na China foram parte do treinamento de Deus.
Ele nos preparou perfeitamente para irmos como missionários aos mundos muçulmano,
budista e hinduísta.
Certa vez, preguei em uma igreja no Ocidente, e um cristão me disse:
"Faz muitos anos que oro para que o governo comunista na China caia, para os
cristãos poderem viver em liberdade."
Não é assim que oramos! Nunca oramos contra nosso governo nem lançamos
maldições contra ele. Pelo contrário, aprendemos que Deus controla tanto a nossa vida
como também o governo que está acima de nós. Isaías profetizou sobre Jesus: "O
governo está sobre os seus ombros" (Is 9.6).
Deus tem usado o governo chinês para seus propósitos, formando e moldando
seus filhos do jeito que acha melhor. Em vez de focar as orações contra o sistema
político, pedimos que, a despeito do que acontecer conosco, estejamos sempre
agradando a Deus.
Não ore pelo fim da perseguição! Não devemos pedir carga mais leve, e sim
costas mais fortes! Então o mundo verá que Deus está conosco, capacitando-nos para
viver de uma forma que reflita seu amor e seu poder.
Essa é a verdadeira liberdade!
Os países muçulmanos, budistas e hinduístas têm muito pouco a fazer contra nós
que já não tenhamos experimentado na China. A maior ameaça é nos matarem, mas isso
significa apenas que seremos elevdos à presença gloriosa do Senhor por toda a
eternidade!
O Movimento Volta a Jerusalém não é um exército com armas humanas, nem um
grupo de profissionais espertos e bem-vestidos. E um exército de homens e mulheres
chineses de coração quebrantado que Deus purificou com fogo poderoso e que já
sobreviveram a anos de lutas e privações por amor ao evangelho. Em termos deste
mundo, não têm nada e parecem simples demais, mas na esfera espiritual são poderosos
guerreiros de Jesus Cristo! Agradecemos a Deus, pois ele "escolheu as coisas loucas do
mundo para envergonhar as sábias e escolheu as coisas fracas do mundo para
envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas,
e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se
vanglorie na presença de Deus" (1 Co 1.27-29).
Deus chamou milhares de guerreiros das igrejas domésticas para escreverem seu
testemunho com sangue. Atravessaremos as fronteiras da China e levaremos a Palavra
de Deus ao mundo muçulmano, budista e hinduísta. Milhares estarão prontos para
morrer pelo Senhor. Eles verão milhares de almas salvas e também despertarão muitas
igrejas ocidentais adormecidas.
Centenas de missionários ocidentais derramaram seu sangue no solo chinês no
passado. O exemplo deles nos inspirou, e estamos prontos a morrer pelo Senhor em
qualquer lugar aonde ele nos levar para pregarmos sua mensagem. Muitos dos nossos
missionários serão capturados, torturados ou martirizados por amor ao evangelho, mas
isso não nos deterá.
Nos últimos 30 anos, Deus não apenas tem nos refinado no fogo da aflição, mas
também tem aperfeiçoado nossos métodos de trabalho. Por exemplo, somos totalmente
comprometidos com o estabelecimento de grupos de crentes que se reúnem em lares.
Não temos o menor interesse em construir edifícios para abrigar igrejas! O sistema que
adotamos facilita a propagação rápida do evangelho, atrapalha a polícia e permite que
dediquemos todos os recursos diretamente ao ministério de pregação do evangelho.
Há quem conteste nossa decisão de enviarmos missionários para fora da China.
Dizem que deveríamos conquistar nosso país antes de pensar nos outros. É um
argumento ilógico, e respondo a ele com uma pergunta simples:
"Então, por que seu país envia missionários? Todo mundo lá já é salvo?"
Se permanecermos em um só lugar e nos recusarmos a avançar até terminar
totalmente o trabalho, jamais conseguiremos impactar o mundo com o evangelho. Com
certeza, a vontade de Deus é que conquistemos nossa casa e ao mesmo tempo enviemos
novos obreiros até os confins da Terra! Nossa visão para alcançar o mundo não é um
indício de que vamos parar ou diminuir o esforço para ganhar toda a China para o
evangelho!
As duas ações caminham lado a lado.
Na verdade, creio que o melhor caminho para a igreja chinesa permanecer forte é
continuar motivada para alcançar as nações do mundo. Quando os crentes pensam em
servir ao Senhor e alcançar os perdidos, ele os abençoa e a igreja continua forte. Se nos
voltamos para nós mesmos e começamos a criticar um ao outro, Satanás vence, e a igreja
se torna uma ferramenta cega e inútil.
Desde o início, sabemos que há um preço alto a pagar por esse Movimento Volta a
Jerusalém. E não estou falando de dinheiro! Refiro-me aos muitos chineses que serão
martirizados e sofrerão à medida que formos agindo. Muitos receberão passagens só de
ida, cientes de que nunca voltarão a ver seus amados na China.
Sabemos também que Volta a Jerusalém exigirá muitos recursos financeiros, mas,
embora nossas igrejas sejam muito pobres, já conseguimos levantar dezenas de milhares
de dólares para sustentar nossos missionários. A semelhança da igreja da Macedônia,
muitos crentes chineses deram literalmente tudo que tinham: "No meio de muita prova
de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles
superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na
medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários" (2 Co 8.2,3).
A igreja chinesa está disposta a pagar o preço.
Desde a minha fuga da China, em 1997, sou responsável pelo treinamento dos
missionários e pela implementação do Volta a Jerusalém.
Em março de 2000, o primeiro grupo de missionários partiu da China. Eram 39.
Destes, 36 foram presos. Entretanto eles não perderam a visão. Voltaram para casa, oraram
e encontraram outro jeito de cruzar a fronteira.
Pouco mais de um ano depois, o número de missionários das igrejas domésticas
fora da China já havia passado de 400, espalhados por mais de dez países. As comportas
estão começando a se abrir.
Os missionários recebem treinamento em várias áreas, que incluem:
1. Como sofrer e morrer pelo Senhor. Estudamos o que a Bíblia revela sobre o
sofrimento e sobre como pessoas que serviam ao Senhor deram a vida pelo avanço do
evangelho durante toda a história.
2. Como testemunhar do Senhor. Ensinamos a falar do Senhor em todas as
circunstâncias, em trens ou ônibus, e até na traseira de um carro da polícia ou a caminho
do local de execução.
3. Como fugir pelo Senhor. Sabemos que algumas vezes Deus nos envia para a
prisão para pregarmos. Mas acreditamos também que em certas ocasiões o diabo quer
nos levar presos para deter o ministério que Deus nos chamou para realizar. Ensinamos
aos missionários habilidades especiais, como se libertar de algemas e pular do segundo
andar de um prédio sem se machucar.
Não estou falando aqui de um seminário "normal"!
Quem visita os locais de treinamento dos nossos missionários do Volta a
Jerusalém vê que levamos a sério o propósito de cumprir nosso destino em Deus.
Sempre é possível encontrar gente algemada pulando de janelas do segundo andar!
Nada menos que isso nos capacitará a quebrar as barreiras que separam
muçulmanos, hinduístas e budistas do conhecimento da doce presença de Jesus.
*****
Os presbíteros da Comunidade Sinim ficaram sabendo que Deus havia me retirado
de forma milagrosa da China. Imediatamente indicaram-me como "Representante Autorizado",
para falar em nome das igrejas domésticas por todo o mundo.
Em seguida, eles me enviaram a seguinte carta:
"Ao Irmão Yun, nosso irmão santo, companheiro chegado de Cristo, o Senhor,
homem cheio do Espírito do Poder de Deus:
"Você é como 'carros e cavaleiros de Israel' para Deus! Leva em você mesmo a
mensagem vitoriosa do reino de Cristo!
"Querido irmão, você foi enviado por Deus e pelo Comitê de Presbíteros Siním
das igrejas domésticas chinesas como nosso representante autorizado no exterior!
"Deus mostrou-lhe, seguindo a orientação e o senhorio dele, que a vida é a base, a
edificação da igreja é o centro, e o treinamento de obreiros, o ponto de ruptura das
linhas inimigas - o lugar estratégico de onde a expansão pode acontecer em todas as
direções, irradiando-se para todas as nações e povos do mundo, para que o solo que a
planta de seus pés pisar seja sua herança!
"Avance rumo aos muçulmanos, hinduístas e budistas na Europa, na América, na
África, na Australásia e na Ásia!
"Oramos para que o Senhor lhe dê sabedoria e poder do alto, para que suas
mensagens sejam cheias da autoridade do céu. Esse fogo, como aquele que Sansão
amarrou na cauda das raposas, arderá em todo lugar aonde você for.
"Que você cumpra a missão santa que Deus lhe deu, para levar o evangelho de
volta a Jerusalém, até que o último discípulo santo se una à igreja, e a noiva esteja
pronta para receber a volta do nosso Salvador Senhor Jesus Cristo, para que os reinos do
mundo se tornem propriedade do nosso Rei! Nosso alvo santo é que ele seja Rei para
sempre e sempre.
"Estamos prontos para trabalhar duramente com servos do Senhor de todo o
mundo, que sejam membros do seu Corpo. Desejamos servir com os dons espirituais
que recebemos, para que a missão santa de Deus seja realizada!
fonte: homem do céu


OS CRISTÃOS SOB A MIRA DOS MULÇULMANOS


Como vivem os cristãos sob islamismo

Como Vivem Os Cristãos sob o Regime Islâmico
Dr Salim Almahdy
Queridos irmãos e irmãs,
Este mês eu estou lhes trazendo palavras do Alcorão, do Hadith e de alguns eruditos muçulmanos sobre como os cristãos devem ser tratados numa sociedade islâmica. Na medida em que forem lendo essas palavras, lembrem de estar orando por seus irmãos e se regozijem por saberem que a nossa cidadania está nos céus com o nosso Pai eterno.

Segundo o Alcorão

Alá ordena que os muçulmanos aterrorizem os não muçulmanos em seu nome:
“Eu instilarei terror nos corações dos infiéis, golpeai-os acima dos seus pescoços e arrancai todas as pontas dos seus dedos. Não fostes vós quem os matastes; foi Deus” (Sura 8:13-17).
“Imprimi terror [nos corações dos] inimigos de Deus e vossos inimigos” (Sura 8:60).
“Combatei-os [os não muçulmanos] e Deus os punirá através das vossas mão, cobri-os de vergonha” (Sura 9:14)
Segundo o Hadith (Ensinamentos, palavras ou atos de Maomé)
Maomé também exige que os Muçulmanos pratiquem a jihad, a guerra santa – lutar contra os infiéis em nome de Alá. Infiel é qualquer pessoa que não confessa os dois credos do Islã: que não há outro Deus além de Alá e que Maomé é o mensageiro de Alá. Certa vez perguntaram a Maomé: “Qual a melhor coisa que um muçulmano pode fazer além de crer em Alá e no seu apóstolo?” Sua resposta foi: “Participar da jihad pela causa de Alá” (Al Bukhari, Vol. 1, p. 25).
Maomé também teria dito: “Eu recebi a ordem de lutar com as pessoas até que digam que ninguém tem o direito de ser adorado a não ser Alá e Maomé é o seu mensageiro, e que eles estabeleceram a oração e o pagamento do zakat (esmola obrigatória). Se elas fizerem isto, seu sangue e suas propriedades estão salvas de mim” (Al Bukhari, Vol. 1, p. 13).
As palavras lutar e matar aparecem no Alcorão com mais freqüência do que as palavras oração e amor.
Segundo eruditos muçulmanos (inspirados no Alcorão e outras fontes)
Os mais poderosos califas (seguidores de Maomé), que governaram a nação islâmica depois da morte de Maomé, foram Abu Bakr e Umar Ibn Khattab (conhecido como o Califa Justo). Os dois eram sogros de Maomé. Maomé costumava dizer: “Sigam o exemplo daqueles que vêm após mim, Abu Bakr e Umar” (Ibn Timiyya, Vol. 28, p.651). O Califa Justo defendia o seguinte, com a bênção de Maomé:
* Um muçulmano não pode ser condenado à morte por tirar a vida de uma pessoa da aliança (cristão ou judeu), de um homem livre (que não é muçulmano), ou de um escravo.
Ibn Timiyya escreveu: “Nada na lei de Maomé diz que o sangue do infiel é igual ao sangue do muçulmano, porque a fé é necessária para haver igualdade. As pessoas da aliança não crêem em Maomé e no Islã, portanto, o seu sangue e o sangue do muçulmano não podem ser iguais… mas, um muçulmano livre deve morrer por tirar a vida de outro muçulmano livre, independentemente da raça” (Vol 14, p. 85).
* Não é permitido construir nem reformar igrejas, nem reconstrui-las se forem destruídas.
Conforme citado por Ibn Hazm e Ibn Timiyya, e confirmado por todos os historiadores, quando Uma Ibn Al Khattab assinou o tratado de paz com os cristãos da Síria, ele ditou algumas condições que deveriam ser cumpridas pelos governadores muçulmanos de todos os países cristãos conquistados. Uma dessas condições era que os cristãos estavam proibidos de construir mosteiros e de reconstruir os que fossem destruídos, mesmo que fosse a cela de um monge (Ibn Hazm, Vol. 4, Parte 7, p.346).
O tratado de paz também exigia que os cristãos dessem o seu assento a um muçulmano que quisesse sentar-se, e os proibia do seguinte:
* Impedir qualquer muçulmano de ficar nas suas igrejas por três dias, durante os quais eles deveriam oferecer comida e servir os muçulmanos.
* Imitar os muçulmanos em qualquer coisa, como as suas roupas, tiaras, turbantes ou o penteado dos seus cabelos.
* Montar um burro usando sela (cavalgar um burro usando cela é mais confortável, o que lembra certo tipo de riqueza e dignidade no Oriente Médio).
* Enterrar os seus mortos próximo de um muçulmano.
* Ler em voz alta nas igrejas.
* Prantear ruidosamente os seus mortos.
* Assumir qualquer posição em que tenham qualquer autoridade sobre um muçulmano.
Após ter apresentado estas condições aos cristãos, disse-lhes enfaticamente: “Se qualquer cristão violar qualquer um destes termos, será permitido matá-lo”(Ibn Timiyya, Vol. 28, p. 654).
Exemplos de Perseguição

Ibn Timiyya, um xeque muçulmano e mufti (juiz) dos muçulmanos, foi certa vez abordado com um pergunta. Um pastor cristão mora numa casa perto de um terreno onde existe uma igreja em ruínas e sem telhado. O pastor comprou o terreno e reformou a igreja para poder reunir o seu povo para orar. Ele pode fazer isto?
Ibn Timiyya respondeu que ele não tem o direito de fazer isto, porque os muçulmanos conquistaram esses lugares à força e as igrejas lhes pertencem, e de acordo com os eruditos muçulmanos elas podem ser destruídas. Portanto, todos os que ajudaram o pastor devem ser punidos, e o seu sangue deve ser derramado e as suas propriedades confiscadas porque ele violou os termos impostos aos cristãos (Ibn Timiyya, Vol. 28, p. 648).
No Egito, para construir uma igreja, os cristãos precisam de uma ordem assinada pelo Presidente do Egito. Se os cristãos precisarem renovar ou reformar uma igreja, eles precisam ter uma permissão assinada por um oficial da polícia secreta. Em minha última visita ao Egito, visitei uma igreja numa aldeia muito pobre, onde um oficial da polícia tinha dado ordens aos seus comandados para passar com um trator por cima dos dois únicos banheiros da igreja. O pastor tinha reformado um dos banheiros sem a sua permissão, pois sabia que tal permissão jamais seria concedida.
O Pastor “Samir” do Egito ficou preso por dois meses, porque um muçulmano informou que ele estava reformando a sua igreja, quando na verdade Samir estava reformando a sua casa.
A seguir, estão alguns exemplos de outros tipos de proibições para os não muçulmanos que vivem em países muçulmanos:
* Os não muçulmanos não podem testemunhar sobre nenhum assunto nos tribunais.
O Ímã Al-Shaffi, em seu livro As Ordenanças do Alcorão, diz: “Não é permitido o testemunho de uma pessoa da aliança [judeus e cristãos]. A testemunha tem de ser alguém que pertença à nossa religião e precisa ser um homem livre, não um escravo. O testemunho é aceitável somente do nosso homem livre se ele pertencer à nossa religião” (Parte 2, p. 142). Todos os eruditos confirmam que porque Maomé disse não acreditar no povo do Livro (Sahih Al Bukhari, Parte 3, p. 237).
* Há certos empregos que os não muçulmanos não podem ter.
No Vol. 28, p. 644, Ibn Timiyya narra o seguinte evento: “Khalid Ibn Al Walid [o famoso comandante militante que conquistou muitos países para os muçulmanos] escreveu a Umar Ibn Al Khattab dizendo: ‘Temos, na Síria, um secretário cristão que está encarregado do recebimento dos impostos’. Umar respondeu-lhe: ‘Não o use’. Khalid replicou: ‘Ele é indispensável e se nós não o usarmos como encarregado, o tesouro estará perdido’. Umar respondeu mais uma vez: ‘Não o use’.”
O cirurgião egípcio, Dr. Magdi Yacoub, declarou num programa de rádio que tinha de sair do Egito, pois, como cristão, ele não tinha permissão para estudar ginecologia nas universidades egípcias. Os muçulmanos não permitem que os ginecologistas cristãos tratem das suas esposas.
Outras situações que os cristão enfrentam nos países islâmicos:
* Se um muçulmano abraçar o cristianismo, ele tem trinta dias para mudar de idéia e voltar ao islamismo; caso contrário, ele poderá ser morto por qualquer muçulmano, sem que este venha a ser considerado criminoso.
* Na Arábia Saudita, nenhum cristão pode viajar próximo ou através de Meca, a cidade sagrada dos muçulmanos, para não “macular” a cidade.
Queridos irmãos e irmãs, a despeito das trevas que os cristãos enfrentam nos países islâmicos, as Escrituras dizem: “Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam” (Êxodo 1.12). A cada ano, milhares vêm a Cristo nas nações islâmicas. Alegremo-nos com o seu novo nascimento em Cristo!

FONTE: http://www.vozdosmartires.com.br

Os Fundamentos do Islã


Perguntas e respostas sobre o Islamismo

Quando você tenta conversar com qualquer muçulmano sobre os fatos do islamismo, quase com certeza ele diz a você que nós cultuamos o mesmo Deus, mas usando diferentes nomes e maneiras
Como o islamismo está hoje ganhando cada vez mais espaço nas manchetes da mídia secular e cristã, gostaria de dar uma olhada em algumas perguntas bastante freqüentes sobre o islamismo.
Os cristãos e os muçulmanos cultuam o mesmo Deus?
Quando você tenta conversar com qualquer muçulmano sobre os fatos do islamismo, quase com certeza ele diz a você que nós cultuamos o mesmo Deus, mas usando diferentes nomes e maneiras. Infelizmente, muitos cristãos, especialmente no ocidente, acreditam nisso. Mas, a verdade é que de fato nós não cultuamos o mesmo Deus. Permita-me explicar-lhe esta verdade com mais detalhes.
O Alá do islamismo não é o Pai. Ninguém ousa ter um relacionamento pessoal com ele, falar com ele, e amá-lo, como mencionei em meu artigo de outubro. Mas, Jesus ensinou a orar ao “Pai nosso que está no céu” (Mateus 6.9).
* Alá não é o Filho. Para um muçulmano não existe a necessidade da Trindade porque Deus pode ordenar a qualquer coisa que seja e ela será (*Sura 4:171, 5:73, 5:116). Os muçulmanos acreditam ainda que Jesus foi criado do pó exatamente como Adão (Sura 3:59).
* Alá não é o Espírito Santo. O Espírito Santo no Alcorão é o anjo Gabriel.
* Alá não é amor. O amor não é mencionado entre os 99 nomes mais bonitos de Alá.
* Alá pede aos anjos que adorem Adão (Sura 2:31-34).
* Alá não quer redimir o ser humano, mas insiste em encher o inferno com todos eles. Ninguém vai escapar dele para sempre (Sura 15:43,44).
* Alá permite jurar (Sura 89:1-5, 91:1-9, 95:1-4).
Há muitas outras diferenças entre Alá e o nosso Pai celestial. Queridos cristãos, os muçulmanos precisam de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
O Islamismo Já Existia Antes de Maomé?
Antes de podermos responder a esta pergunta, precisamos primeiro dar uma olhada nas definições de islamismo e muçulmano. Islamismo é uma palavra árabe que originalmente se referia a um atributo de masculinidade e descrevia alguém que tivesse agido com heroísmo e bravura na batalha. Segundo o Dr. M. Bravmann em sua obra The Spiritual Background of Early Islam (Histórico Espiritual do Islamismo dos Primeiros Dias), islamismo é “um conceito secular, denotando uma virtude sublime aos olhos do árabe primitivo; desafio à morte, heroísmo; morrer na batalha”.
Nos dias de Maomé, um muçulmano era alguém que lutava com outra pessoa e a dominava. Hoje, muçulmano é alguém que se submete a Alá e islamismo significa submissão a Alá.
Portanto, a resposta à pergunta é sim; de acordo com estas definições, o islamismo já existia.
O nome Alá já existia antes de Maomé?
Apesar do muçulmano, na média, crer que o islamismo, Alá e o Alcorão são conceitos revelados do céu a Maomé, através do anjo Gabriel, a resposta é sim. O islamismo, Alá e grande parte do Alcorão já existiam antes de Maomé. O pai de Maomé chamava-se Abed Alá, que significa “escravo de Alá”.
A Enciclopédia do Islamismo nos fala que os árabes pré-islâmicos conheciam Alá como uma das divindades de Meca. Também já existia em Meca a pedra negra, por causa da qual as pessoas peregrinavam para Meca. Os peregrinos beijavam a pedra, prestando culto a Alá por meio dela. Segundo a Enciclopédia Chamber’s, “a comunidade onde Maomé foi criado era pagã, com diferentes localidades que tinham os seus próprios deuses, freqüentemente representados por pedras. Em muitos lugares haviam santuários para onde eram feitas peregrinações. Meca possuía um dos mais importantes, a Kaaba, onde foi colocada a pedra negra, há muito tempo um objeto de adoração.
Quem era Alá nos dias de Maomé?
Alá era o deus lua. Até hoje os muçulmanos usam a forma do quarto crescente sobre as suas mesquitas. Nenhum muçulmano consegue dar uma boa explicação para isso. Na Arábia havia uma deusa feminina que era a deusa sol e um deus masculino que era o deus lua. Diz-se que eles se casaram e deram à luz três deusas chamadas “as filhas de Alá”, cujos nomes eram Al Lat, Al Uzza e Manat. Alá, suas filhas e a deusa sol eram conhecidos como os deuses supremos. Alá, Allat, Al Oza e Akhbar eram alguns dos deuses pagãos.
No chamado muçulmano para a oração, os muezzin clamam “Allah u Akbar”, que significa Alá e Akbar. Os muçulmanos afirmam que não estão orando a Alá e Akbar, mas dizendo “Alá é grande”.
No começo, Maomé deixava os seus seguidores prestarem culto a Alá, o altíssimo, e pedirem a intercessão de Allat e Al Oza e Mannat. Depois que conseguiu se tornar militarmente forte e bem armado, ele lhes ordenou que somente a Alá prestassem culto.
Quais são os Pilares do Islamismo?
Os muçulmanos vivem a sua fé de acordo com seis “pilares”.
1. Recitar os dois credos: “Não há outro deus além de Alá e Maomé é o mensageiro de Alá.” A simples declaração desta sentença é suficiente para alguém se tornar muçulmano e garantir a sua entrada no paraíso depois da morte, apesar de que todo mundo precisa primeiro ir para o inferno.
2. Orações: Eles precisam orar cinco vezes por dia, mas primeiro precisam passar pelo ritual da lavagem, se não Alá não ouvirá as suas orações.
3. Dar esmolas aos pobres (Zakat): Eles têm de dar dinheiro aos pobres, para o estado islâmico, para as mesquitas, etc.
4. Jejum: Especialmente importante durante o mês do Ramadan, que ocorre em torno da segunda semana de janeiro à segunda semana de fevereiro. Estas datas variam devido ao calendário islâmico.
5. El Haj: É a peregrinação a Meca para os que podem. A pessoa que completar a jornada passa a ser um haji.
6. Jihad: A maioria dos estudiosos muçulmanos considera o Jihad (que significa “guerra santa”, ou lutar contra os não muçulmanos) o sexto pilar.
Queridos irmãos e irmãs, insisto para que orem para que Jesus Cristo possa manifestar-se aos muçulmanos e para que eles dobrem os joelhos para o nosso Pai celestial, “que deseja que todos os homens sejam salvos cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.4).

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Cristãos Secretos

Um “cristão secreto” é um cristão perseguido cuja vida corre perigo constante por ele estar seguindo Jesus. Na maioria das vezes, um cristão secreto é convertido do islamismo, mas pode ser encontrado em outras culturas também. Por se converter, ele foi agredido ou ameaçado por seu governo, seus amigos e até pela própria família. Cristãos secretos têm necessidades únicas que só podem ser supridas pelo apoio dos demais membros do Corpo de Cristo.
Perseguição aos cristãos é o nome dado aos maus tratos físicos ou psicológicos, incluindo agressões e mortes sofridas por cristãos por causa da sua na pregação de Jesus. Estas perseguições foram levadas a cabo na Antiguidade não somente pelos judeus, de cuja religião o Cristianismo era visto como uma ramificação, mas também pelos imperadores do Império Romano, que controlava grande parte das terras onde o Cristianismo primitivo se distribuiu, e onde era considerado uma seita. Tal perseguição pelos imperadores teve fim com a legalização da religião cristã por Constantino I, no início do século IV.
Nos últimos séculos, os cristãos foram perseguidos por outros grupos religiosos, incluindo muçulmanos e hindus, e por Estados ateístas como a União Soviética e a República Popular da China.

Vítimas do Islã radical – Os mártires modernos do cristianismo

A ascensão do extremismo islâmico coloca uma pressão cada vez maior sobre os cristãos que vivem em países muçulmanos, que são vítimas de assassinatos, violência e discriminação. Os cristãos agora são considerados o grupo religioso mais perseguido em todo o mundo. Paradoxalmente, sua maior esperança vem do Islã politicamente moderado.
Kevin Ang é mais cauteloso hoje em dia. Ele espia ao redor, dá uma olhada para a esquerda para a longa fileira de lojas, e depois para a direita em direção à praça, para checar se não há ninguém por perto. Só então o zelador da igreja tira sua chave, destranca o portão, e entra na Igreja Metro Tabernacle num subúrbio de Kuala Lumpur.
A corrente de ar vira páginas queimadas da Bíblia. As paredes estão cobertas de fuligem e a igreja cheira a plástico queimado. A Igreja Metro Tabernacle foi a primeira de onze igrejas a serem incendiadas por muçulmanos revoltados – tudo por causa de uma palavra: “Alá”, sussurra Kevin Ang.
Tudo começou com uma questão – se os cristãos daqui, assim como os muçulmanos, poderiam chamar seu deus de “Alá”, uma vez que eles não têm nenhuma outra palavra ou língua à sua disposição. Os muçulmanos alegam que Alá é deles, tanto a palavra quanto o deus, e temem que se os cristãos puderem usar a mesma palavra para seu próprio deus, isso poderia desencaminhar os fiéis muçulmanos.
Durante três anos isto era proibido e o governo confiscou Bíblias que mencionavam “Alá”. Então, em 31 de dezembro do ano passado, o mais alto tribunal da Malásia chegou a uma decisão: o deus cristão também poderia ser chamado de Alá.
Os imãs protestaram e cidadãos enfurecidos jogaram coquetéis Molotov nas igrejas. Então, como se isso não bastasse, o primeiro-ministro Najib Razak declarou que não podia impedir as pessoas de protestarem contra determinados assuntos no país – e alguns interpretaram isso como um convite para a ação violenta. Primeiro as igrejas foram incendiadas, depois o outro lado revidou colocando cabeças de porcos na frente de duas mesquitas. Entre os habitantes da Malásia, 60% são muçulmanos e 9% são cristãos, com o restante composto por hindus, budistas e sikhs. Eles conseguiram viver bem juntos, até agora.
É um batalha por causa de uma única palavra, mas há muito mais envolvido. O conflito tem a ver com a questão de quais direitos a minoria cristã da Malásia deve ter. Mais que isso, é uma questão política. A Organização Nacional dos Malaios Unidos, no poder, está perdendo sua base de apoio para os islamitas linha dura – e quer reconquistá-la por meio de políticas religiosas.


Essas políticas estão sendo bem recebidas. Alguns dos Estados da Malásia interpretam a Sharia, o sistema islâmico de lei e ordem, de forma particularmente rígida. O país, que já foi liberal, está a caminho de abrir mão da liberdade religiosa – e o conceito de ordem está sendo definido de forma cada vez mais rígida. Se uma mulher muçulmana beber cerveja, ela pode ser punida com seis chibatadas. Algumas regiões também proíbem coisas como batons chamativos, maquiagem pesada, ou sapatos de salto alto.
Expulsos, sequestrados e mortos
Não só na Malásia, mas em muitos países em todo o mundo muçulmano, a religião ganhou influência sobre a política governamental nas últimas duas décadas. O grupo militante islâmico Hamas controla a Faixa de Gaza, enquanto milícias islamitas lutam contra os governos da Nigéria e Filipinas. Somália, Afeganistão, Paquistão e Iêmen caíram, em grande extensão, nas mãos dos islamitas. E onde os islamitas não estão no poder hoje, os partidos seculares no governo tentam ultrapassar os grupos mais religiosos assumindo uma tendência de direita.
Isso pode ser visto de certa forma no Egito, Argélia, Sudão, Indonésia, e também na Malásia. Embora a islamização frequentemente tenha mais a ver com política do que com religião, e embora não leve necessariamente à perseguição de cristãos, pode-se dizer ainda assim que, onde quer que o Islã ganhe importância, a liberdade para membros de outras crenças diminui.
Há 2,2 bilhões de cristãos em todo o mundo. A organização não-governamental Open Doors calcula que 100 milhões de cristãos são ameaçados ou perseguidos. Eles não têm permissão para construir igrejas, comprar Bíblias ou conseguir empregos. Esta é a forma menos ofensiva de discriminação e afeta a maioria desses 100 mil cristãos. A versão mais bruta inclui extorsão, roubo, expulsão, sequestro e até assassinato.
Margot Kässmann, que é bispo e foi chefe da Igreja Protestante na Alemanha antes de deixar o cargo em 24 de fevereiro, acredita que os cristãos são “o grupo religioso mais perseguido globalmente”. As 22 igrejas regionais alemãs proclamaram este domingo como o primeiro dia de homenagem aos cristãos perseguidos. Kässmann disse que queria mostrar solidariedade para com outros cristãos que “têm grande dificuldade de viver de acordo com sua crença em países como a Indonésia, Índia, Iraque ou Turquia”.
Há exemplos contrários, é claro. No Líbano e na Síria, os cristãos não são discriminados, e, na verdade, desempenham um papel importante na política e na sociedade. Além disso, a perseguição contra os cristãos não é de forma alguma um domínio exclusivo dos fanáticos muçulmanos – os cristãos também são presos, agredidos e assassinados em países como o Laos, Vietnã, China e Eritreia.
“Lento genocídio” contra os cristãos
A Open Doors edita um “índice de perseguição” global. A Coreia do Norte, onde dezenas de milhares de cristãos estão presos em campos de trabalho forçado, esteve no topo da lista por muitos anos. Ela é seguida pelo Irã, Arábia Saudita, Somália, Maldivas e Afeganistão. Entre os dez primeiros países da lista, oito são islâmicos, e quase todos têm o Islã como sua religião oficial.

A perseguição sistemática de cristãos no século 20 – por comunistas na União Soviética e na China, mas também pelos nazistas – custou muito mais vidas do que qualquer outra coisa que tenha acontecido até o momento no século 21. Agora, entretanto, não são apenas os regimes totalitários que perseguem os cristãos, mas também moradores de Estados islâmicos, fundamentalistas fanáticos, e seitas religiosas – e com frequência simples cidadãos considerados fiéis.
Foi-se a era da tolerância, em que os cristãos, chamados de “Povo do Livro”, desfrutavam de um alto grau de liberdade religiosa sob a proteção de sultões muçulmanos, enquanto a Europa medieval bania judeus e muçulmanos do continente ou até mesmo os queimava vivos. Também se foi o apogeu do secularismo árabe pós 2ª Guerra Mundial, quando árabes cristãos avançaram nas hierarquias políticas.
À medida que o Islã político ficou mais forte, a agressão por parte de devotos deixou de se concentrar apenas nos regimes políticos corruptos locais, mas também e cada vez mais contra a influência ostensivamente corrupta dos cristãos ocidentais, motivo pelo qual as minorias cristãs foram consideradas responsáveis. Uma nova tendência começou, desta vez com os cristãos como vítimas.
No Iraque, por exemplo, grupos terroristas sunitas perseguem especialmente pessoas de outras religiões. O último censo do Iraque em 1987 mostrou que havia 1,4 milhão de cristãos vivendo no país. No começo da invasão norte-americana em 2003, eles eram 550 mil, e atualmente o número está está pouco abaixo dos 400 mil. Os especialistas falam num “lento genocídio”.
“As pessoas estão morrendo de medo”
A situação na região da cidade de Mosul, no norte do Iraque, é especialmente dramática. A cidade de Alqosh fica no alto das montanhas sobre Mosul, a segunda maior cidade iraquiana. Bassam Bashir, 41, pode ver sua antiga cidade natal quando olha pela janela. Mosul fica a apenas 40 quilômetros dali, mas é inacessível. A cidade é mais perigosa que Bagdá, especialmente para homens como Bassam Bashir, um católico caldeu, professor e fugitivo dentro de seu próprio país.
Desde o dia em que a milícia sequestrou seu pai de sua loja, em agosto de 2008, Bashir passou a temer por sua vida e pela vida de sua família. A polícia encontrou o corpo de seu pai dois dias depois no bairro de Sinaa, no rio Tigre, perfurado por balas. Não houve nenhum pedido de resgate. O pai de Bashir morreu pelo simples motivo de ser cristão.
E ninguém afirma ter visto nada. “É claro que alguém viu alguma coisa”, diz Bashir. “Mas as pessoas em Mosul estão morrendo de medo.”
Uma semana depois, integrantes da milícia cortaram a garganta do irmão de Bashir, Tarik, como num sacrifício de ovelhas. “Eu mesmo enterrei meu irmão”, explica Bashir. Junto com sua mulher Nafa e suas duas filhas, ele fugiu para Alqosh no mesmo dia. A cidade está está cercada por vinhedos e uma milícia cristã armada vigia a entrada.
Aprovação tácita do Estado
Os familiares de Bashir não foram os únicos a se mudar para Alqosh à medida que a série de assassinatos continuou em Mosul. Dezesseis cristãos foram mortos na semana seguinte, e bombas explodiram em frente às igrejas. Homens que passavam de carro gritaram para os cristãos que eles podiam escolher – ou saíam de Mosul ou se convertiam ao Islã. Das 1.500 famílias cristãs da cidade, apenas 50 ficaram. Bassam Bashir diz que não voltará antes de lamentar a morte de seu pai e seu irmão em paz. Outros que perderam totalmente a esperança fugiram para países vizinhos como a Jordânia e muitos mais foram para a Síria.
Em muitos países islâmicos, os cristãos são perseguidos menos brutalmente do que no Iraque, mas não menos efetivamente. Em muitos casos, a perseguição têm a aprovação tácita do governo. Na Argélia, por exemplo, ela tomou a forma de notícias de jornal sobre um padre que tentou converter muçulmanos ou insultou o profeta Maomé – e que divulgaram o endereço do padre, numa clara convocação para a população fazer justiça com as próprias mãos. Ou um canal de televisão pública pode veicular programas com títulos como “Nas Garras da Ignorância”, que descreve os cristãos como satanistas que convertem muçulmanos com o auxílio de drogas. Isso aconteceu no Uzbequistão, que está no décimo lugar do “índice de perseguição” da Open Doors.
A blasfêmia também é outra justificativa frequentemente usada. Insultar os valores fundamentais do Islã é uma ofensa passível de punição em muitos países islâmicos. A justificativa é com frequência usada contra a oposição, quer sejam jornalistas, dissidentes ou cristãos. Imran Masih, por exemplo, cristão dono de uma loja em Faisalabad, no Paquistão, foi condenado à prisão perpétua em 11 de janeiro, de acordo com as seções 195A e B do código penal do Paquistão, que tratam do crime de ofender sentimentos religiosos ao dessacralizar o Alcorão. Um outro dono de loja o acusou de queimar páginas do Alcorão. Masih diz que ele queimou apenas documentos antigos da loja.
É um caso típico para o Paquistão, onde a lei contra a blasfêmia parece convidar ao abuso – é uma forma fácil para qualquer um se livrar de um inimigo. No ano passado, 125 cristãos foram acusados de blasfêmia no Paquistão. Dezenas dos que já foram sentenciados estão agora esperando sua execução.
“Não nos sentimos seguros aqui”
A perseguição tolerada pelo governo acontece até mesmo na Turquia, o país mais secular e moderno do mundo muçulmano, onde cerca de 110 mil cristãos representam menos de um quarto de 1% da população – mas são discriminados assim mesmo. A perseguição não é tão aberta ou brutal quanto no vizinho Iraque, mas as consequências são semelhantes. Os cristãos na Turquia, que estavam bem acima dos 2 milhões no século 19, estão lutando para continuar a existir.
É o que acontece no sudeste do país, por exemplo, em Tur Abdin, cujo nome significa “montanha dos servos de Deus”. É uma região montanhosa cheia de campos, picos e vários mosteiros de séculos de existência. O local abriga os assírios sírios ortodoxos, ou arameus, como denominam a si mesmos, membros de um dos grupos cristãos mais antigos do mundo. De acordo com a lenda, foram os três reis magos que levaram o sistema de crenças cristão de Belém para lá. Os habitantes de Tur Abdin ainda falam aramaico, a língua usada por Jesus de Nazaré.
O mundo sabe bem mais sobre o genocídio cometido contra os armênios pelas tropas otomanas em 1915 e 1916, mas dezenas de milhares de assírios também foram assassinados durante a 1ª Guerra Mundial. Estima-se que cerca de 500 mil assírios viviam em Tur Abdin no começo do século 20. Hoje há apenas 3 mil. Um tribunal distrital turco ameaçou, no ano passado, tomar posse do centro espiritual assírio, o mosteiro Mor Gabriel de 1.600 anos de idade, porque acreditava-se que os monges haviam adquirido terras de forma ilegal. Três vilarejos muçulmanos vizinhos reclamaram que sentiam-se discriminados por causa do mosteiro, que abriga quatro monges, 14 freiras e 40 estudantes atrás de seus muros.
“Mesmo que não queira admitir, a Turquia tem um problema com pessoas de outras religiões”, diz Ishok Demir, um jovem suíço de ascendência aramaica, que vive com seus pais perto de Mor Gabriel. “Nós não nos sentimos seguros aqui.”
Mais que qualquer coisa, isso tem a ver com o lugar permanente que os armênios, assírios, gregos, católicos e protestantes têm nas teorias de conspiração nacionalistas do país. Esses grupos sempre foram vistos como traidores, descrentes, espiões e pessoas que insultam a nação turca. De acordo com uma pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa Pew, sediado nos EUA, 46% dos turcos veem o cristianismo como uma religião violenta. Num estudo turco mais recente, 42% dos entrevistados disseram que não aceitariam cristãos como vizinhos.
Os repetidos assassinatos de cristãos, portanto, não são uma surpresa. Em 2006, por exemplo, um padre católico foi assassinado em Trabzon, na costa do Mar Negro. Em 2007, três missionários cristãos foram assassinados em Malatya, uma cidade no leste da Turquia. Os responsáveis pelo crime eram nacionalistas radicais, cuja ideologia era uma mistura de patriotismo exagerado, racismo e Islã.
Convertidos correm grande risco
Os muçulmanos que se converteram ao cristianismo, entretanto, enfrentam um perigo ainda maior do que os próprios cristãos tradicionais. A apostasia, ou a renúncia ao Islã, é castigada com a morte de acordo com a lei islâmica – e a pena de morte ainda se aplica no Irã, Iêmen, Afeganistão, Somália, Mauritânia, Paquistão, Qatar e Arábia Saudita.
Até no Egito, um país secular, os convertidos atraem a cólera do governo. O ministro da religião defendeu a legalidade da pena de morte para os convertidos – embora o Egito não tenha uma lei como esta – com o argumento de que a renúncia ao Islã é alta traição. Esses sentimentos fizeram com que Mohammed Hegazy, 27, convertido para a Igreja Cóptica Ortodoxa, passasse a se esconder há dois anos. Ele foi o primeiro convertido no Egito a tentar fazer com que sua religião nova aparecesse oficialmente em sua carteira de identidade expedida pelo governo. Quando seu pedido foi recusado, ele tornou o caso público. Inúmeros clérigos pediram a sua morte em resposta.
Os cópticos são a maior comunidade cristã do mundo árabe, e cerca de 8 milhões de egípcios pertencem à Igreja Cóptica. Eles são proibidos de ocupar altas posições no governo, no serviço diplomático e militar, assim como de desfrutar de vários benefícios estatais. As universidades têm cotas para alunos cópticos consideradas menores do que a porcentagem que eles representam na população.
Não é permitido construir novas igrejas, e as antigas estão caindo aos pedaços por causa da falta de dinheiro e de permissão para reforma. Quando as meninas são sequestradas e convertidas à força, a polícia não intervém. Milhares de porcos também foram mortos sob o pretexto de combater a gripe suína. Naturalmente, todos os porcos pertenciam a cristãos.
O vírus cristão
Seis cópticos foram massacrados em 6 de janeiro – quando os cópticos celebram a noite de Natal – em Nag Hammadi, uma pequena cidade 80 quilômetros ao norte do Vale dos Reis. Previsivelmente, o porta-voz da Assembleia do Povo, a câmara baixa do parlamento egípcio, chamou isso de “um ato criminoso isolado”. Quando acrescentou que os responsáveis queriam se vingar do estupro de uma jovem muçulmana por parte um cóptico, isso quase pareceu uma desculpa. O governo parece pronto a reconhecer o crime no Egito, mas não por tensão religiosa. Sempre que conflitos entre grupos religiosos acontecem, o governo encontra causas seculares por trás deles, como disputas por terras, vingança por algum crime ou disputas pessoais.
Nag Hammadi, com 30 mil moradores, é uma poeirenta cidade comercial no Nilo. Mesmo antes dos assassinatos, era um lugar onde os cristãos e os muçulmanos desconfiavam uns dos outros. Os dois grupos trabalham juntos e moram próximos, mas vivem, casam-se e morrem separadamente. A superstição é generalizada e os muçulmanos, por exemplo, temem pegar o “vírus cristão” ao comer junto com um cóptico. Não surpreende que esses assassinatos tenham acontecido em Nag Hammadi, nem que depois deles tenham se seguido os piores atos de violência religiosa em anos. Lojas cristãs e casas muçulmanas foram incendiadas, e 28 cristãos e 14 muçulmanos foram presos.
Nag Hammadi agora está cercada, com seguranças armados em uniformes negros guardando as estradas para entrar e sair da cidade. Eles certificam-se de que nenhum morador deixe a cidade e nenhum jornalista entre nela.
Três suspeitos foram presos desde então. Todos eles têm fichas criminais. Um admitiu o crime, mas depois negou, dizendo que havia sido coagido pelo serviço de inteligência. O governo parece querer que o assunto desapareça o mais rápido possível. Os supostos assassinos provavelmente serão libertados assim que o furor passar.
Mais direitos para os cristãos?
Mas também há pequenos indícios de que a situação de cristãos acuados em países islâmicos possa melhorar – dependendo do tanto que recuarem o nacionalismo e a radicalização do Islã político.
Uma das contradições do mundo islâmico é que a maior esperança para os cristãos parece surgir exatamente do campo do Islã político. Na Turquia, foi Recep Tayyip Erdogan, um ex-islamita e agora primeiro-ministro do país, que prometeu mais direitos aos poucos cristãos remanescentes no país. Ele aponta para a história do Império Otomano, no qual os cristãos e judeus tiveram de pagar um imposto especial por muito tempo, mas em troca, tinham a garantia de liberdade de religião e viviam como cidadãos respeitados.
Uma atitude mais relaxada em relação as minorias certamente representaria um progresso para a Turquia.

 


YUN - UM MARTIR NOS DIAS ATUAIS


 
 
Fazia meses que eu trabalhava por minha própria força, portanto estava exaurido física, emocional e espiritualmente. Perdera o discernimento espiritual, e meus ouvidos estavam surdos. O orgulho brotara em meu coração, como uma erva daninha. Em vez de obedecer à voz de Deus, raciocinei com a lógica humana, baseei minha decisão em minha própria sabedoria.

Meus companheiros de trabalho me admoestaram a não ficar em casa, mas não segui o conselho deles. Não estava esperando no Senhor com coração puro. Foi esse o motivo do meu fracasso. Encontrava-me cansado, trabalhando demais e com o coração relapso.

Transformara o ministério em ídolo. A obra de Deus tomara o lugar do amor a ele. Escondi minha condição dos que oravam por mim e prossegui com minha própria força, até que Deus resolveu interferir, em sua misericórdia e amor.

Eu ainda me levantava todo dia às 5:00h da manhã e orava com a liderança da igreja. Eu não deixara de ler a Bíblia, mas fazia tudo como obrigação e pelo hábito, não por estar com o coração disposto, transbordante no relacionamento com Jesus.

No início do não, o governo central anunciara que planejava deter todos os líderes das igrejas domésticas que se recusassem a participar do Movimento Patriótico das Três Autonomias. Aprovaram uma lei decretando a ilegalidade das igrejas domésticas. Isso deu base legal para as autoridades nos processarem.

Quatro dias depois do sonho de Deling, oficias do DSP à paisana me capturaram em frente de casa. Amarraram-me e me levaram preso. Eles iam à minha casa me procurar a cada três ou quatro dias. Mas, como eu estava sempre a caminho ou vindo de alguma reunião, escapara todas as vezes.

Por desobedecer a Deus e não respeitar o Senhor, a minha esposa e meus colegas, fui preso pela segunda vez. O Senhor viu que eu estava me consumindo no ministério. Por isso, em sua graça, permitiu que eu descansasse nele atrás das grades por algum tempo, enquanto aprendia mais sobre a vida espiritual.

Se você é um servo do Senhor, permita-me dar-lhe um conselho: Seja humilde e vigie para não cair no mesmo erro que cometi. O Senhor Deus nos deseja para si mesmo, e tem ciúmes de nós. Ele ama nossa alma. Se colocarmos algo acima do nosso relacionamento com Jesus — mesmo que seja o trabalho que realizamos para ele — cairemos em uma armadilha. Se você está esgotado, pare! Descanse! Sua lâmpada precisa do fornecimento contínuo do óleo do Senhor para que a luz não se apague. Lembre-se: “Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força, mas não o quisestes... Por isso, o Senhor espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se compadecer de vós, porque o Senhor é Deus de justiça; bem-aventurado todos os que nele esperam” (Is 30.14,18)

No julgamento, fui acusado de “séria perturbação da ordem social”. O juiz me avisou, em tom grave:
“Hoje vamos enviá-lo para o Campo de Trabalhos Forçados Da’an. Ouvimos dizer que você vira o mundo de cabeça para baixo. Sabemos que prega o evangelho em todo lugar e que, em poucos dias, convence as pessoas a seguirem seus ensinamentos. Se fizer isso em Da’na, seremos obrigados a lhe ensinar uma lição da qual você jamais se esquecerá.”

Eu e meu companheiro, o Irmão Chuan, recebemos a mesma sentença: três anos de prisão. Os guardas nos algemaram e nos obrigaram a sentar entre dois criminosos. Fomos colocados em um veículo e enviados para o centro de detenção, onde ficaríamos durante alguns meses antes de sermos mandados oficialmente para o campo de trabalhos forçados.

Eu já havia entendido que o meu pecado e meu orgulho haviam me colocado nessa situação. Chegando ao centro de detenção, arrependi-me com muitas lágrimas e entreguei-me à graça e à misericórdia de Deus. Ele me perdoou e aumentou a minha fé.
TRECHOS DO LIVRO O HOMRM DO CÉU

sábado, 29 de janeiro de 2011

O soluço de um bilhão de almasO soluço de um bilhão de almas



Diz-se que Martinho Lutero tinha um amigo íntimo, cujo nome era Miconio. Ao ver Lutero sentado dias a fio trabalhando no serviço do Mestre, Miconio ficou penalizado e disse-lhe: "Posso ajudar mais onde estou; permanecerei aqui orando enquanto tu perseveras incansavelmente na luta." Miconio orou dias seguidos por Martinho. Mas enquanto perseverava em oração, começou a sentir o peso da própria culpa. Certa noite sonhou com o Salvador, que lhe mostrou as mãos e os pés. Mostrou-lhe também a fonte na qual o purificara de todo o pecado. "Segue-me!" disse-lhe o Senhor, levando-o para um alto monte de onde apontou para o nascente. Miconio viu uma planície que se estendia até o longínquo horizonte. Essa vasta planície estava coberta de ovelhas, de muitos milhares de ovelhas brancas. Somente havia um homem, Martinho Lutero, que se esforçava para apascentar a todas. Então o Salvador disse a Miconio que olhasse para o poente; olhou e viu vastos campos de trigo brancos para a ceifa. O único ceifador,que lidava para segá-los, estava quase exausto, contudo persistia na sua tarefa. Nessa altura, Miconio reconheceu o solitário ceifeiro, seu bom amigo, Martinho Lutero! Ao despertar do sono, tomou esta resolução: "Não posso ficar aqui orando enquanto Martinho se afadiga na obra do Senhor. As ovelhas devem ser pastoreadas; os campos têm de ser ceifados. Eis-me aqui, Senhor; envia-me a mim!" Foi assim que Miconio saiu para compartilhar do labor de seu fiel amigo.

Jesus nos chama para trabalhar e orar. É de joelhos que a Igreja de Cristo avança. Foi Lionel Fletcher quem escreveu:

"Todos os grandes ganhadores de almas através dos séculos foram homens e mulheres incansáveis na oração. Conheço como homens de oração quase todos os pregadores de êxito da geração atual, tanto como os da geração próxima passada, e sei que, igualmente, foram homens de intensa oração.

"Certo evangelista tocou-me profundamente a alma quando eu era ainda jovem repórter dum diário. Esse evangelista estava hospedado em casa de um pastor presbiteriano. Bati à porta e pedi para falar com o evangelista. O pastor, com voz trêmula e com o rosto iluminado por estranha luz, respondeu:

"Nunca se hospedou um homem como ele em nossa casa. Não sei quando ele dorme. Se entro no seu quarto durante a noite para saber se precisa de alguma coisa, encontro-o orando. Vi-o entrar no templo cedo de manhã e não voltou para as refeições.

"Fui à igreja... Entrei furtivamente para não perturbá-lo. Achei-o sem paletó e sem colarinho. Estava caído de bruços diante do púlpito. Ouvi a sua voz como que agonizante e comovente instando com Deus em favor daquela cidade de garimpeiros, para que dirigisse almas ao Salvador. Tinha orado toda a noite; tinha orado e jejuado o dia inteiro.

"Aproximei-me furtivamente do lugar onde ele orava prostrado, ajoelhei-me e pus a mão sobre seu ombro. O suor caía-lhe pelo corpo. Ele nunca me tinha visto, mas fitou-me por um momento e então rogou: 'Ore comigo, ir-mão! Não posso viver se esta cidade não se chegar a Deus.' Pregara ali vinte dias sem haver conversões. Ajoelhei-me ao seu lado e oramos juntos. Nunca ouvira alguém insistir tanto como ele. Voltei de lá assombrado, humilhado e estremecendo.

"Aquela noite assisti ao culto no grande templo onde ele pregou. Ninguém sabia que ele não comera durante o dia inteiro, que não dormira durante a noite anterior. Mas, ao levantar-se para pregar, ouvi diversos ouvintes dizerem: 'A luz do seu rosto não é da terra!' E não era mesmo. Ele era conceituado instrutor bíblico, mas não tinha o dom de pregar. Porém, nessa noite, enquanto pregava, o auditório inteiro foi tomado pelo poder de Deus. Foi a primeira grande colheita de almas que presenciei."

Há muitas testemunhas oculares do fato de Deus continuar a responder às orações como no tempo de Lutero, Edwards e Judson. Transcrevemos aqui o seguinte comentário publicado em certo jornal:

"A irmã Dabney é uma crente humilde que se dedica a orar... Seu marido, pastor de uma grande igreja, foi chamado para abrir a obra em um subúrbio habitado por pobres. No primeiro culto não havia nenhum ouvinte: somente ele e ela assistiram. Ficaram desenganados. Era um campo dificílimo: o povo não era somente pobre, mas depravado também. A irmã Dabney viu que não havia esperança a não ser clamar ao Senhor, e resolveu dedicar-se persistentemente à oração. Fez um voto a Deus que, se Ele atraísse os pecadores aos cultos e os salvasse, ela se entregaria à oração e jejuaria três dias e três noites, no templo, todas as semanas, durante um período de três anos.

"Logo, que essa esposa de um pastor angustiado começou a orar, sozinha, no salão de cultos, Deus começou a operar, enviando pecadores, a ponto de o salão ficar superlotado de ouvintes. Seu marido pediu que orasse ao Senhor e pedisse um salão maior. Deus moveu o coração de um comerciante para desocupar o prédio fronteiro ao salão, cedendo-o para os cultos. Continuou a orar e a jejuar três vezes por semana, e aconteceu que o salão maior também não comportava os auditórios. Seu marido rogou-lhe novamente que orasse e pedisse um edifício onde todos quantos desejassem assistir aos cultos pudessem entrar. Ela orou e Deus lhes deu um grande templo situado na rua principal desse subúrbio. No novo templo, também a assistência aumentou a ponto de muitos dos ouvintes serem obrigados a assistir às pregações de pé, na rua. Muitos foram libertos do pecado e batizados."

Quando os crentes sentem dores em oração, é que renascem almas. "Aqueles que semeiam em lágrimas, com júbilo ceifarão."

"O soluço de um bilhão de almas na terra me soa aos ouvidos e comove o coração; esforço-me, pelo auxílio de Deus, para avaliar, ao menos em parte, as densas trevas, a extrema miséria e o indescritível desespero desses mil milhões de almas sem Cristo. Medita, irmão, sobre o amor do Mestre, amor profundo como o mar; contempla o horripilante espetáculo do desespero dos povos perdidos, até não poderes censurar, até não poderes descansar, até não poderes dormir."

Sentindo as necessidades dos homens que perecem sem Cristo, foi que Carlos Inwood escreveu o que lemos acima, e é por essa razão que se abrasa a alma dos heróis da igreja de Cristo através dos séculos.

Na campanha de Piemonte, Napoleão dirigiu-se aos seus soldados com as seguintes palavras: "Ganhastes sangrentas batalhas, sem canhões, atravessastes caudalosos rios sem pontes, marchastes incríveis distâncias descalços, acampastes inúmeras vezes sem coisa alguma para comer, tudo graças à vossa audaciosa perseverança! Mas, guerreiros, é como se não tivéssemos feito coisa alguma, pois resta ainda muito para alcançarmos!"

Guerreiros da causa santa, nós podemos dizer o mesmo: é como se não tivéssemos feito coisa alguma. A audaciosa perseverança é-nos ainda indispensável; há mais almas para salvar atualmente do que no tempo de Müller, de Livingstone, de Paton, de Spurgeon e de Moody.

"Ai de mim, se não anunciar o Evangelho!" (1 Coríntios 9.16).

Não podemos tapar os ouvidos espirituais para não ouvir o choro e os suspiros de mais de um bilhão de almas na terra que não conhecem o caminho para o lar celestial.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

FUNDAMENTO DO CRISTIANISMO É O AMOR

“Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus.”
2 Timóteo 1.8


Karnataka, na Índia
ÍNDIA ( 32 º)     HOJE ( 11h30 )

Quatro ataques contra cristãos no mesmo dia
 

SOMÁLIA ( 5 º)     HOJE ( 06h30 )

Mãe de quatro crianças é assassinada por causa de sua fé
 

Pôr do sol no Irã
IRÃ ( 2 º)     ONTEM ( 11h30 )

Pastor iraniano é preso pelas autoridades locais
 

NEPAL     ONTEM ( 06h30 )

Cristãos lutam por direitos funerários
 

Pastor Dmitry Shestakov
UZBEQUISTÃO ( 9 º)     26/1/2011 ( 16h15 )

URGENTE: Dmitry Shestakov é liberto da prisão
 

Container - lugar de prisão dos cristãos
ERITREIA ( 12 º)     26/1/2011 ( 14h30 )

Igreja Perseguida clama pela compaixão dos irmãos
 

Bíblia em língua somali, com capa lembrando o Corão
ETIÓPIA ( 43 º)     26/1/2011 ( 12h07 )

Cristãos são ameaçados a se converter ao islã
 

Policiais fazem guarda em frente à igreja ortodoxa que foi alvo do ataque na noite de Ano-Novo, em Alexandria - Foto: Reuters
EGITO ( 19 º)     26/1/2011 ( 06h30 )

Egito culpa grupo militante Al Qaeda pelo bombardeio do ano novo
 

Minaret em Rabat, Marrocos.
MARROCOS ( 31 º)     25/1/2011 ( 06h30 )

Testemunhos de cristãos marroquinos
 

Igreja cristã na Nigéria
NIGÉRIA ( 23 º)     24/1/2011 ( 14h30 )

Tensão recomeça e estoura em Jos
 

Cristãos participam de manifestação de apoio ao referendo sobre a independência sul do Sudão, em Juba, dia 9 de janeiro de 2011. [foto: Reuters]
SUDÃO ( 35 º)     24/1/2011 ( 11h30 )

Igrejas do norte do Sudão temem repressão após a separação
 

Asia Bibi com suas duas filhas. (Fofo: CNN)
PAQUISTÃO ( 11 º)     24/1/2011 ( 06h30 )

Advogado de Asia Bibi pede audiência do recurso "em prisão"